sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A propriedade é do INSS, mas o problema é do município.

A responsabilidade pela segurança pública sabemos de quem é. Sabemos que parcelas desta responsabilidade são divididas e que cooperação é fundamental para minimizar os problemas que cercam o tema. E quando a colaboração e a responsabilidade não é assumida? Ai, tem que se cobrar e exigir através das ferramentas disponíveis só esperar negociações é omissão sim.

O direito de propriedade é dado a todos e todos tem seus deveres a serem cumpridos, isso não é eu que digo está na Constituição que diz “a todos é dado o direito da propriedade:” e “ a propriedade atenderá a sua função social;” sendo assim é evidente que ninguém pode invadir um terreno particular e demolir, mas mais evidente do que isso é que ninguém pode ser isento de suas responsabilidades, ainda mais quando estas prejudicam os que cumprem com seus deveres como cidadãos e que mantém propriedades que cumprem o dever social de abrigar, respeitar a vizinhança, recolher os seus impostos dentre outros requisitos. Agora, manter um imóvel que serve como abrigo para prostitutas e usuários de drogas aguardando manutenção durante anos e anos pautados na conversa fiada de que está negociando é muito descaso com a cidade.

Tem que fazer e mandar a conta aos responsáveis sim e parar de simplesmente tirar da reta com os papinhos de que a responsabilidade é do outro, ou que aquela área é ilegal, o dever é do loteador, do proprietário, da união ou do estado, pois é assim que se enrola e faz o povo esperar até aparecer uma oportunidade para “negociar”.

O dever maior é de defender e respeitar o cidadão e não dá pra aceitar esperar tanto, esperando conversas entre padrinhos. Passou da hora de usar o Departamento Jurídico do município para cobrar da União e do Estado o que é devido aos munícipes. Paga a conta com nosso dinheiro e cobra a conta do dinheiro deles. Pagamos impostos demais para sofrer com tanta morosidade. Na hora de cobrarem impostos atrasados dos munícipes o Departamento Jurídico é acionado, tem que acionar também na hora de cobrar do estado e da união.

A cidade merece mais respeito e menos descaso e é claro que há dispositivos constitucionais que defendem atitudes da Prefeitura, afinal a justiça é justa, os que as cumprem podem, em alguns casos, até não ser, mas isso se discute nos tramites legais.

O que está faltando é parcialidade para se tomar decisões em favor do povo e falta de imparcialidade para seguir caminhos justos. Tomara que não sejam interesses eleitoreiros que estão vindo na frente do interesse do povo, como tanto acontece em nosso país.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Os erros que empurram a qualidade do ensino para o ralo - PEB II

O Estado tem o objetivo de melhorar o ensino e para isso busca caminhos para alcançar este objetivo, no entanto, comete erros grosseiros o que trava a melhoria do ensino e em alguns casos apenas o piora. Podemos verificar isso em alguns erros do passado e agora estamos presenciando mais um destes erros na atribuição de aulas desse ano.


Afirmo isto pelo seguinte motivo:

Houve provas classificatórias para a atribuição, no entanto, estas provas foram por disciplinas e a classificação nas listagens por áreas, por exemplo quem fez prova de Biologia, Química, Ciências, Física ou Matemática se classificam na mesma lista, mesmo tendo feito provas diferentes. É evidente que as dificuldades são diferentes, ou seja, a prova de Física pode estar mais difícil do que a prova de Matemática, ou a prova de Ciências pode estar muito mais fácil que a prova de Matemática mesmo para os docentes das respectivas áreas, não é possível quantificar estas dificuldades, logo também não é possível classificar de maneira justa em uma mesma lista os que prestaram provas diferentes.

É comum encontrar professores que na atribuição pegam aulas de matemática, mas optaram por fazer prova de Biologia, Ciências ou até mesmo Química, pois não se sentiam aptos a fazer a prova de Matemática. No entanto, mesmo não se sentindo aptos na hora da atribuição o que conta é o sustento da família, assim pegam as aulas que estiverem disponíveis, e não os critico por isso, assim é o sistema. Mas pergunto: Vocês acham que quem optou por não fazer a prova de Matemática por receio, insegurança ou sei lá o que, está mais apto a ministrar aulas desta disciplina do que os que a prestaram? Sinceramente é obvio que não.

Essa classificação por áreas e não por disciplinas, foi a maior besteira que podiam fazer. Se o ensino da matemática está ruim com os professores de matemática quem dirá o professor de ciências dando aula de matemática, ou professor de Biologia dando aula de matemática para Ensino Médio. É absurdo o nível do erro cometido classificando os professores por áreas e não por disciplinas. Quando a classificação era só por tempo de serviço estava correto, mas será que não perceberam que mudou a maneira de classificação. É muita falta de competência da Secretaria de Educação.

Mais uma observação, obtive a informação de um importante membro da Apeoesp de Mogi Mirim que afirmou que na Diretoria de Mogi Mirim que abrange Mogi Mirim, Mogi Guaçu, Itapira e mais 10 cidades não chegou nem a 10 o número de Professores que atingiram 40 questões, isso não é nem 2% dos que prestaram a prova. Para quem conhece bem matemática e resolve de maneira adequada as questões sabe que 03 minutos por questão não é possível se medir o conhecimento. É evidente que esta prova foi mal formulada, por haver tempo curto para resolução e total insensatez ao igualar o tempo de resolução das questões das provas de leitura que se resolvem apenas com leitura, interpretação e consulta a memória com questões de matemática que exigem além da leitura, interpretação e consulta a memória aplicação de cálculos e procedimentos matemáticos.

Acredito que há muitos professores inaptos a ministrar aulas e estes tem que passar por reciclagem, mas também sei que a maior parte dos professores e não apenas os adeptos do método Kumon, acertariam na média mais do que até 50 questões.

A contribuição da piora do ensino da matemática através destes erros grotescos é uma vergonha.

Eu fiquei em 28ª na classificação da categoria L então pra mim está joia, mas não posso me aquietar diante da injustiça que foi realizada. Realmente: ISTO É UMA VERGONHA.