sábado, 29 de outubro de 2011

Se não mudar o jeito de fazer não vai mudar o jeito de votar

Na política, constantemente, estamos a observar fatos que já não nos impressionam tanto, mas que continuam a desmotivar o envolvimento a confiança nos caminhos que ela oferece.

A quebra do frágil cristal da confiança, aquela que depositamos através de nosso voto, por tantas vezes, faz o descontentamento tomar conta e afetar nossas atitudes. A decepção, para muitos, é grande diante dos acontecimentos locais e não locais – exemplos: o voto do super salário para nossos futuros legisladores ou os escândalos das ONGs a nível país – no último episódio local confesso que a decepção já havia ocorrido na votação da Lei Orgânica, já em nível federal o que mais me decepciona é a sensação de impunidade, já que, pessoas ruins sempre existirão em qualquer meio, bastam ocasiões para que elas se apresentem, o problema é não serem punidas. Mas, voltemos a reflexão inicial, a desmotivação e confiança nos caminhos da política, mesmo os acontecimentos sendo rotineiros eles continuam a causar desânimo e a sensação ruim de impotência. Os conflitos nas reflexões em torno do porquê está assim e de como mudar estão presentes. No último acontecimento – aumento de 130 % dos salários - pode-se observar nas manifestações que o normal é a sociedade se eximir de culpa, sem reflexões em torno de: O que fizemos para ser diferente? ou: Qual a nossa parcela de culpa no quadro atual? Observando isso minhas reflexões se voltaram a agulhar o eleitor a fim de lembrá-lo que a culpa maior é dele. Ele devia se envolver, assumir responsabilidades, afinal de que adianta ter bons candidatos se os que ganham, na maior parte, não são esses. Os mais votados, normalmente, são os que usam o marketing da ridicularidade, os que fazem mais favores ou os que fazem a política assistencialista. Sendo assim se a escolha do eleitor se pauta nestes comportamentos como esperar algo diferente no exercício de seus mandatos? Afinal, o que os elegeu não foi qualidade de ideias, de postura ou de compromisso com o seu dever e se antes isso não foi necessário porque há de ser depois. Portanto, manter a postura de favores, assistencialismo ou de marketing através de demagogia e hipocrisia é totalmente previsível.

Mas, espera ai, o eleitor joga a culpa nos políticos, os bons políticos jogam a culpa nos eleitores, e enquanto isso, na maioria, os sem noção, os corruptos, e demais reprováveis fazem a festa e tomam conta do rumo da administração e das aplicações de aproximadamente 40% do que ganhamos com nosso suor, isso tá errado. Jogando pra lá e pra cá, não sai do lugar. Sendo assim, ainda em tempo coloco: quem participa da política ativamente em agremiações ou grupos sociais tem um dever maior do que quem não participa, afinal informação vem acompanhada de responsabilidade e sendo assim precisamos refletir de como um partido político cumpre o dever de contribuir para a melhora do quadro político. O partido político não pode ser um mero detalhe legal. E não basta apenas filtrar os nomes a disputar eleição (Pena que nem isso vem acontecendo). Ele deve lutar para que o momento da eleição não seja pautado apenas em perfis pessoais onde os postulantes ao cargo buscam angariar votos simplesmente exprimindo o melhor de sua biografia e diversas promessas sem nenhum apontamento de como as viabilizará. Não dá pra ser assim, pois isso faz com que os eleitores vejam o candidato como um salvador milagroso, e claro que a maioria se apresenta dessa maneira e sabemos que não é assim. O quadro atual aponta para a individualidade e raramente programas partidários são considerados relevantes na escolha dos candidatos pelos eleitores, porque do jeito que está não são relevantes mesmo, logo também os programas não são utilizados após o pleito. Será que ao invés de cobrarmos e votarmos em indivíduos se passarmos a cobrar e votar em programas a coisa não mude?

Logo, concluo: O eleitor tem um grande dever e grande responsabilidade, os políticos de bastidores e os que dão a cara a tapa, mas não ganham, uma responsabilidade ainda maior, afinal o que estes estão construindo para mudar a maneira de fazer política a não ser apenas seguir as velhas formas. Como já disse Gabriel Chalita: “Os professores insistem em dizer que os alunos não são como antigamente, mas insistem em querer ensinar como antigamente.” Penso que o mesmo se aplica a democracia, se não mudar o jeito de fazer política o jeito de votar também não mudará.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A decadência do ensino e o descompromisso de educadores.

A decaência do ensino público é lamentável. Os mais afetados são os mais desprovidos de renda que são encaminhados ao ensino público noturno. ISSO É UMA VERGONHA. Neste tipo de ensino praticamente não há aulas em sextas feiras por motivo de uma intensa falta de alunos que são motivados ao ato devido a falta de pofessores e desinteresse dos professores em tornar as aulas produtivas. Falo isso com conhecimento de fato e por acompanhar alunos que frequentam atualmente as escolas públicas. Essa semana inteira tem escola do centro que não teve aula nenhum dia no período noturno devido a falta de água e estimulos a falta, semana que vem será a mesma coisa, feriado e suspensão de aulas na quinta e sexta-feira.
Muitos professores merecem parabéns, mas muitos merecem criar vergonha na cara e cumprir o papel a que se dispuseram, porque até o momento grande parcela estão se equiparando a políticos que vivemos a criticar que não fazem o cumprimento de seu dever. Já dei bastante aulas, e sei que é difícil, sei que os professores são desvalorizados em suas remunerações, sei que em muitos momentos nos desmotivamos devido a dificuldade de dar aula devido a rebeldia de muitos alunos, sei que é desistimulante a parte burocrática, mas isso e muitos outros pontos não justificam o não cumprimento do dever. É dever se atualizar, é dever demonstrar interesse, é dever ser responsável - onde já se viu haver tantas faltas- é dever ser educador. Entrou na sala de aula tem que fazer acontecer se não souber como tem que buscar ajuda. Pra mim assim que é, e assim que sempre foi em meus momentos dentro da sala de aula.

Na educação a uma infinidade de variaveis que fazem melhorar ou piorar, pode até ter umas que pesam mais ou menos de acordo com a ótica de cada um, mas todas são importantes, a participação da família na educação, a qualidade da parte física da escola, o envolvimento dos alunos, a logística da educação, a teoria de ensino utilizada, a progressão continuada, a recuperação dos alunos, e por ai vai e pra mim uma das variáves mais importantes é o envolvimento do professor na busca de uma educação de qualidade, pois ele pode melhorar todas as demais variaveis com o importante envolvimento e entusiasmo. 

Por isso não posso deixar de registrar meus parabéns aos bons educadores e os agradecimentos por ajudar a construir uma sociedade melhor.





terça-feira, 4 de outubro de 2011

Noticia de O Popular (www.opopularmm.com.br)

Locação de 68 veículos custa R$ 1.3 mi por ano

KAIQUE BARRETTO

Dos 211 veículos utilizados pela Prefeitura, 68 são alugados de concessionárias, além de dois que são cedidos pela Secretaria de Educação do Estado. O número de automóveis alugados representa 32,5% da frota.A prática do aluguel, adotada desde 2005, primeiro ano do atual governo, representa gasto mensal de R$ 110 mil. A medida é justificada forma de economizar, já que os custos com manutenção e seguros dos automóveis são cobertos pelas prestadoras do serviço.Por ano, o gasto com locação é de R$ 1,32 milhão.
Com esse valor, seria possível comprar anualmente 44 carros Volkswagen modelo Gol, Flex, 1.0, de quatro portas, cujo custo unitário em média é de R$ 30 mil.
A iniciativa poderá avançar na próxima administração, já que 63 dos 68 veículos alugados pertencem à Germânica, cujo contrato vai até setembro de 2012 e ainda pode ser prorrogado por mais um ano.
Os outros cinco veículos são alugados da empresa San Marco Automóveis, que possui dois contratos com a Prefeitura. Um deles termina em novembro e será prorrogado.
O departamento com o maior número de veículos alugados é o de Saúde, com 12 Gols, 10 Kombis e quatro Ducatos.
No Departamento de Segurança, há oito Gols da Guarda Municipal, todos adesivados e caracterizados, uma saveiro e um Gol comum.
Os contratos ainda prevêem, que caso o veículo apresente problema, seja de avaria mecânica ou até mesmo danos causados em acidente, terá que ser reposto imediatamente pelas empresas.
No caso dos veículos da Germânica, todos são emplacados em Poços de Caldas, Minas Gerais, onde o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) é mais barato.
Questionada se isso não equivale a desviar recursos, contrariando os interesses do estado de São Paulo e, portanto, de Mogi Mirim, a Prefeitura justifica que não pode exigir que o emplacamento seja feito no município por causa da Lei de Licitações.
“Isso pode gerar questionamentos sobre direcionamento ou restrição de competição e isso é ilegal”, informou através de nota.

Noticia de O Popular online, Kaique Barreto.


http://www.opopularmm.com.br/?pg=noticia&id=6833

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Dinheiro sobrando e investimentos faltando


Prefeitura de Mogi fechou com superavit de 7 milhões. Na balança onde de um lado estão as economias públicas e do outro lado os investimentos públicos na saúde, lazer e cultura, etc o lado q perdeu foi o dos investimentos. Mas nada pra se preocupar, afinal, ano q vem é ano que não sobra nada, acredito que tudo será gasto em 2012 as sobras de 2010 e 2011, por acaso ano de eleição, talvez não serão gastos na cultura e lazer, mas ao menos para passar cal nas guias de tda cidade. Fica bem bonito.

É claro que 7 milhões perto de um orçamento de mais de 180 milhões é pouco percentualmente, mas é muito diante do que investimentos desse porte poderiam representar para a população que precisa de muita coisa. Para a verba do transporte dos estudantes, para projetos de inclusão na cidade, para infraestruturas em áreas precárias da cidade ou nos exames que demoram estes 7 milhões fariam muita diferença.

Também é claro que controlar um orçamento desse porte não é facil, mas tenho plena convicção que diante dos 50% do orçamento que são gastos com a folha de pagamento, portanto funcionários para planejar não faltam e que conhecendo alguns nomes do financeiro da prefeitura que são de extrema competência, com certeza o planejamento poderia ter sido mais generoso nos investimentos e menos rigido na economia caso isso fosse solicidado.

Mas talvez na visão da administração atual tudo está bem, tudo está justo, e tudo pode esperar.

sábado, 22 de janeiro de 2011

BBB 11 - O buraco é mais embaixo.

"Com o “BBB’ que o telespectador brasileiro expõe por completo sua imaturidade. Há anos, boa parte da audiência repete a mesma ladainha. Dizem que o reality show é uma perda de tempo, que a televisão deveria investir em programas educativos e que a Globo contribui para a ignorância da população, entre outras bobagens panfletárias.

A campanha mais recente defende a troca do “BBB” por um livro. Ora, eu posso ler e assistir ao reality show. Que crime há nisso? Quem adere a essa pretensa campanha educativa quer apenas posar de intelectual. Sejamos sinceros: ninguém trocará o “BBB” por um livro. Nem mesmo por programas educativos.

Fosse assim, neste momento a TV Cultura e a TV Brasil estariam arrebentando na audiência. Apenas falácia de telespectadores que desejam parecer superiores aos demais, mas que no fim revelam seu comportamento infantil. Se sentem os donos da razão, precisam da aprovação de terceiros (olhem para mim, sou intelectual!) e dão sua espiadinha escondida no reality show. Afinal, quem não assiste ou pouco se importa com o “BBB” sequer se manifesta. Lê seu livro, vai ao cinema, ouve música ou dorme sem carregar bandeira alguma. " Alê Rocha.

Putzzzzzz já comentei isso, e no texto acima o Alê Rocha que é colunista, escritor e crítico de televisão e autor do blog Poltrona bateu enciminha da tecla que penso ser a essencial - Hipocrisia.

Ninguém precisa assistir a TV Globo, mudar de canal e assistir algo mais enriquecedor é livre, mas isso não acontece. Ano após ano a audiência se repete. Quando os programas de melhor qualidade estiverem dando audiência os canais lideres de audiência com certeza se adequarão aos gostos, pois se fizer isso antes os prejuizos surgirão, a audiência minguará e o monstro do capitalismo que sustenta o mundo da concorrência engulirá a Globo ou qualquer canal que ouse ir contra o gosto da maioria. Então cá prá nós o buraco é bem mais embaixo.

A maioria é que escolhe a programação da TV e não a TV que escolhe o que a maioria vai assistir. A não ser se todos os canais combinarem programação parecida, mas pelo que eu saiba quase tudo ainda é livre não é?

Querer que a programação de TVs cumpram o papel de educar a população é pedir demais, é a população que tem que educar a programação da TV e para isso a população tem que ter a oportunidade de evoluir. Muito precisa mudar, muito ainda tem que ser oferecido, assistir um Teatro de qualidade é para uma minoria ridícula, ter uma educação de qualidade é para uma minoria ridícula e e pensar que a TV é culpada pela ignorância também é ridículo. Como disse o buraco é mais embaixo.