terça-feira, 20 de abril de 2010

O dia com quarenta e oito horas.

Como o dia a dia nos impõe aceleração. Tanto para fazer, criar, refletir e compartilhar e o tempo é curto.

A impressão é que para fazer tudo que gostaríamos e tudo que precisamos seria necessário que cada dia tivesse pelo menos umas quarenta e oito horas. Assim daria para cada um dividir seu tempo de seu jeito e fazer tudo. Eu dividiria mais ou menos assim:

Dez horas para trabalhar - fazer o que, o mundo é capitalista-, quatro horas para escrever, quatro horas para ler, três horas para conversar sério, quatro horas para conversar bobeiras sérias - como futebol, cerveja e sobre a vida como ela é-, duas horas para ouvir músicas, quatro horas para passear, quatro horas para as refeições, duas horas para assistir TV, duas horas para assistir bons filmes, horas para internet, horas e horas com a família, horas e horas com os amigos, horas e horas com pessoas que amamos e gostamos, duas horas para arrumar a bagunça dos papeis de casa, uma hora para pensar nas contas e as planejar, duas horas para imaginar utopias, horas e horas para sonhar utopias, horas para apreciarmos as coisas simples da vida e do mundo, horas e horas para... ops..., parece que quarenta horas não dá, pois ainda falta dormir e muito mais.

É, tudo em todos os dias seria impossível, e mesmo a terra demorando o dobro do tempo para girar em torno de si, o dia para tudo continuaria curto. Subdivisões seriam necessárias e depois de um tempo o dia voltaria a ficar curto. É assim que é!

Enfim, a correria nos impede de fazer muitas coisas que gostaríamos de fazer e dentre tantas coisas uma delas seria poder compartilhar mais reflexões neste blog, porque tanta coisa aprendo conversando com meus amigos e amigas, com minha esposa e filha, com todos que me dão a honra de se aproximar e me ajudar a evoluir, e tanta coisa acontece na cidade, no país, no mundo, no dia a dia, no entanto o tempo é curto para postar, mas os pensamentos andam a mil...


PROJETO CIRCUITO DA AMIZADE MOGI MIRIM



Presenciei este projeto que tem trazido grandes satisfações. Observa-se que quem se esconde não as pessoas de bem. O espaço público ocioso e muitas vezes utilizado para o mau uso acaba sendo tomado por famílias e principalmente crianças que saem de suas casas e cultivam a amizade e o lazer em conjunto.

Este é um exemplo de que a segurança pública precisa de soluções inteligentes e que a policia não é o único caminho para uma cidade mais segura, percebe-se que as comunidades da periferia precisam de carinho e que cultivar a amizade e a união através de educação inclusiva - não apenas dentro de salas de aula-, cultura e lazer são muito eficazes.

Já passou da hora do ser humano ser valorizado, já estamos bem servidos de concreto, falta agora o calor humano e o desenvolvimento social e este projeto serve de exemplo.

Se um cidadão diante de todas as dificuldades que a rotina e as limitaçãos causam consegue desenvolver um projeto de qualidade por que o poder público também não o faz?

Que este projeto sirva de exemplo e quem sabe a poder público municipal não apoie a iniciativa ou ao menos desenvolva algo paralelamente junto as comunidades.

O coração da cidade precisa voltar a bater feliz em toda a cidade e não apenas em alguns pontos e a simpatia precisa tomar conta de nossa comunidade.
Parabéns pelo projeto.